Melisa, que anteriormente se chamavaJosé, resolveu alterar seu nome na certidão de identidade após a aprovação da nova lei e depois de ter comunicado sua decisão às autoridades educativas da capital argentina, que aceitaram a mudança proposta pela professora.
´Minha obrigação de ser coerente com meus sentimentos mais profundos me levou a dar este passo transcendente em minha vida, uma vida que nunca seria plena se eu não manifestasse a essência do meu próprio ser, que é profundamente feminino´, declarou Melisa em uma carta às autoridades educativas.
Em declarações ao jornal ´Clarín´, a professora transexual, que leciona há 22 anos e também realiza oficinas de xadrez em diversas escolas públicas de Buenos Aires, contou que faz oito anos que ´se sente uma mulher com órgãos genitais masculinos´.
´Finalmente, eu posso dormir tranquila´, assinalou Melisa, cujo sobrenome não foi divulgado.
Enrique Samar, diretor da escola portenha onde Melisa trabalha, assegurou que a maioria dos pais e meninos aceitou essa decisão, a qual foi comunicada às famílias dos alunos no mesmo dia em que eles souberam da nova identidade de sua professora.
No último mês de maio, o Senado argentino aprovou por unanimidade uma reforma do Código Civil que outorga o direito das pessoas ao ´reconhecimento da identidade de gênero´. Desta forma, as pessoas podem alterar seus nomes em seus documentos identificação.
Essa iniciativa também se adéqua com a lei aprovada pelo Parlamento argentino em 2010, a qual respalda o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a primeira deste tipo na América Latina. EFE
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