O GGB, Grupo Gay da Bahia lançou nesta sexta-feira uma cartilha com 20 orientações para as/os profissionais do sexo no Estado. O texto traz desde dicas de segurança, como recusar clientes muito alcoolizados e manter distância se um carro o abordar, até orientações básicas sobre prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), como sempre ter camisinhas à mão e usar o preservativo do início ao fim da relação.
A entidade explicou que decidiu dar as dicas a quem costuma "rodar a bolsinha" mesmo sabendo que o Código Penal Brasileiro prevê punição à exploração da atividade das/dos profissionais do sexo. Em nota oficial, o GGB disse entender que "a prostituição remete a uma questão social e econômica e hoje a prática dessa atividade não é a mesma de anos anteriores, devido ao aumento da violência urbana acrescida do uso de outras práticas que são passiveis de punição legal".
A cartilha foi elaborada com base em informações das travestis e garotas de programa que foram vítimas ou presenciaram casos de violência. A orientação geral é que o profissional do sexo tenha sempre o controle da situação: decidir o que aceita fazer ou não; escolher o lugar do encontro; verificar, ao entrar no carro, se consegue abrir a porta de novo; colocar o dinheiro dele à vista, mas nunca com o resto do próprio dinheiro; prestar atenção ao comportamento do cliente; e desistir do programa se pressentir algum problema.
A entidade ainda faz um alerta aos clientes sobre o perigo da prostituição de rua, que cria uma situação de vulnerabilidade para as duas partes, e aconselha que se dê preferência àqueles que prestam serviços com referência. Um exemplo são os classificados de jornais, onde essas pessoas informam endereço residencial e documentos de identificação pessoal.
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