Policia vai indiciar pai e filho por morte de mãe de santo transexual

Delegacia de Polícia de Rio Pardo, nointerior do Rio Grande do Sul, irá indiciar um fazendeiro e o seu filho pelo assassinato da mãe de santo Patrícia de Oyá, cometido em junho. Segundo o delegado Anderson Faturi, mesmo com várias evidências, a Justiça negou o pedido de prisão dos suspeitos.

De acordo com a Brigada Militartrês homens dentro de um Fiat Uno atearamfogo no carro da religiosa, que estava estacionado na garagem da residência. Ao sair de casa para ver o que estava acontecendo, a vítima, de nome de batismo Pedro Alcir Vieira dos Santos, foi mortacom quatro tiros.

As investigações apontam que o crime foi motivado por disputa de terras na região. O delegado revela que a mãe de santo tentava adquirir, por usucapião, um pedaço de terra pertencente ao estancieiro. A umbandista já havia denunciado ameaças de morte à polícia. Segundo Faturi, são vários anos de desentendimento entre os dois.

O delegado diz que a prisão do fazendeiro e de seu filho era fundamental e lamenta a negativa da Justiça. "São muitas testemunhas, e elas estão com medo, pois são pessoas de grande poder aquisitivo, conhecidas na região", explica.

Justiça proibiu os suspeitos de se aproximar das testemunhas, bem como de se afastar da comarca da região. Anderson Faturi, no entanto, acha que a medida é insuficiente. O processo seguirá agora para o Ministério Público. Os dois negam ter cometido o crime.

Pouco tempo após o crime, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na propriedade dos suspeitos, onde os policiais encontraram armas de fogo e prenderam funcionários.

Patrícia de Oyá era uma das principais lideranças da religião Umbanda na região e organizadora da tradicional procissão de Iemanjá, realizada anualmente no dia 2 de fevereiro.

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