[COLUNA DA ERICA CYRIACO] "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"


Numa tentativa de inspiração, decidi comprar um caderno novo. Não que eu realmente precisasse... Afinal tenho várias folhas em branco em vários cadernos por aí. Mas é um estímulo novo, sabe...

Dentre as diversas opções disponíveis no mercado, fiquei com um fofo. Um que tem como tema O Pequeno Príncipe. E, nas firulas que vem no caderno, como adesivos e folhas coloridinhas, me deparo com a seguinte frase do livro: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.” Pronto. Viajei na frase.

Um dos significados da palavra “cativar” é: Ganhar a simpatia; atrair. Você cativa uma pessoa. Ela passa a te admirar, gostar de você. É sua responsabilidade não desapontar a pessoa? Depende do que ela significa pra você.

Alguém que é naturalmente cativante vai produzir admiradores por onde quer que passe. E isso independe da vontade dela. Mas se a simpatia for recíproca, creio que o fato de desapontar o admirador vai ter algum peso nas decisões e atitudes do cativante.

No livro, o assunto surge num questionamento do Principezinho com a Raposa sobre a importância da amizade. Na vida, acontecem decepções nas amizades, pela ausência de responsabilidade de um amigo para com o outro.

A questão do “ser responsável” é para a manutenção da relação de quem cativa com quem é cativado.  

Repensar se determinado posicionamento seu vai desagradar o outro não é abster-se de personalidade. Nem anular-se para o bem de outrem, apesar disto não ser nenhum crime. Sim, é uma atitude altruísta e até ousada, em meio ao mundo de egoísmo.

No entanto, para se solidificar qualquer relação (seja de amizade, seja de casamento, seja fraternal), ambos os lados devem assumir essa responsabilidade. As pessoas são responsáveis por aquilo que cativam, uma vez que também se sintam cativadas. E desde que queiram manter esse sentimento.

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