Numa tentativa de inspiração, decidi comprar um caderno
novo. Não que eu realmente precisasse... Afinal tenho várias folhas em branco
em vários cadernos por aí. Mas é um estímulo novo, sabe...
Dentre as diversas opções disponíveis no mercado, fiquei com
um fofo. Um que tem como tema O Pequeno Príncipe. E, nas firulas que vem no
caderno, como adesivos e folhas coloridinhas, me deparo com a seguinte frase do
livro: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.” Pronto.
Viajei na frase.
Um dos significados da palavra “cativar” é: Ganhar a
simpatia; atrair. Você cativa uma pessoa. Ela passa a te admirar, gostar de
você. É sua responsabilidade não desapontar a pessoa? Depende do que ela
significa pra você.
Alguém que é naturalmente cativante vai produzir admiradores
por onde quer que passe. E isso independe da vontade dela. Mas se a simpatia
for recíproca, creio que o fato de desapontar o admirador vai ter algum peso
nas decisões e atitudes do cativante.
No livro, o assunto surge num questionamento do Principezinho
com a Raposa sobre a importância da amizade. Na vida, acontecem decepções nas
amizades, pela ausência de responsabilidade de um amigo para com o outro.
A questão do “ser responsável” é para a manutenção da relação
de quem cativa com quem é cativado.
Repensar se determinado posicionamento seu vai desagradar o
outro não é abster-se de personalidade. Nem anular-se para o bem de outrem,
apesar disto não ser nenhum crime. Sim, é uma atitude altruísta e até ousada,
em meio ao mundo de egoísmo.
No entanto, para se solidificar qualquer relação (seja de
amizade, seja de casamento, seja fraternal), ambos os lados devem assumir essa
responsabilidade. As pessoas são responsáveis por aquilo que cativam, uma vez
que também se sintam cativadas. E desde que queiram manter esse sentimento.
0 comentários :
Postar um comentário