Para o comandante Leonardo Gallitellu, comandante dos carabineiros, "foi um infeliz mal entendido". O texto foi descoberto pelo jornal italiano "Corriere della Sera". Aprovado pelo coronel Pasquale Santoro, o manual foi usado pelos candidatos que se apresentaram no fim de junho ao exame.
O resumo do texto que foi retirado indicava os passos que um bom ajudante deve seguir para completar os dados de delinquentes, detentos em prisão domiciliar, membros do crime organizado, invasores ou pessoas socialmente perigosas. No manual, os aspirantes ao posto eram lembrados de que é importante definir as doenças mentais dos indivíduos e concretamente suas degenerações sexuais, porque "o instinto sexual faz parte ativa da formação do caráter e do desenvolvimento das atividades individuais".
O conteúdo do manual gerou fortes críticas na comunidade gay italiana. Para a a deputada Paola Concia, membro do Partido Democrata, as observações no texto podem ser classificadas como "homofobia de Estado".
- É vergonhoso. Tenho de conter minha raiva, mas me custa muito. Os que teriam que nos defender, são os mesmos que afirmam que a homossexualidade é como zoofilia, uma perversão. Com isso, se alguém agredir a um gay é porque ele merece - afirmou a deputada, lésbica assumida, ao jornal espanhol "El Mundo".
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