Aí a pessoa acorda e se dá conta de que é quarta-feira, passa
o dia inteiro pensando sobre o que escrever para a sua coluna no blog, rascunha
algumas frases sem nexo, sobre uma gama de assuntos que se passaram na cabeça
dela, ao longo do dia... Entra na rede social favorita e descobre que hoje é o
dia do escritor. E tem um lapso de luz de que este seria um bom tema.
Mas qual seria a tônica da coluna de hoje? Pensa que poderia
focar na História e dizer foi por causa do dia 25 de julho de 1960, após o
primeiro Festival do Escritor Brasileiro, promovido pela União Brasileira dos
Escritores, foi instaurado o Dia do Escritor. Poderia navegar no utópico mundo
dos escritores romancistas ou poetas ou na imaginação de quem se propõe a
transpassar a realidade dos seus pensamentos num veículo que chega aos olhos
dos seus interlocutores. Poderia enaltecer aqueles que tiveram a inteligência e
paciência para organizar em livros as gramáticas e fórmulas matemáticas que
tivera que ler na época de escola, para auxiliar no aprendizado. Ou poderia
discursar sobre os escritores amadores ou profissionais que alegram ou fazem
refletir com seus contos, crônicas, dissertações ou singelas historinhas o seu
dia-a-dia.
Seja com fosse o norte, seria nobremente reconhecida a importância
da leitura e da troca de conhecimento.
Um escritor quando expõe sua obra deixa nela uma marca. Mas
esta marca vai além da digital. Deixa sua alma ali, vulnerável. Para que o
leitor a perceba ou a ignore, a entenda ou a deturpe. Mas ele compartilhou
aquilo que transbordava nele, independente da sensibilidade de quem vai lê-lo.
Escrever é, antes de tudo, um ato de coragem. É dar a cara a tapa, já que não
se sabe se seu texto vai agradar, se vai atingir a sua expectativa. No entanto,
está aí um ato que todos deveriam exercer: escrever. Nem que seja pra ficar
escondido numa gaveta ou numa pasta oculta do “Meus Documentos”. Muitas vezes
aconselhado como terapia, escrever é botar para fora em letras aquilo que sua
alma absorveu e seu corpo não detém espaço suficiente para suportar. E você precisa
deixar fluir.
Seja livre de vergonha. Seja livre de preconceitos. Tente. Pegue
papel e caneta ou abra o editor de texto, o que preferir. Não sabe como escreve
uma palavra? Google e Aurélio resolvem. O que vale é a vontade, a intenção de
começar.
Seja você, então, o escritor!
Parabéns a todos aqueles que se permitiram e deixaram a alma
transbordar!
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