[COLUNA DA ERICA CYRIACO] Dia do Escritor


Aí a pessoa acorda e se dá conta de que é quarta-feira, passa o dia inteiro pensando sobre o que escrever para a sua coluna no blog, rascunha algumas frases sem nexo, sobre uma gama de assuntos que se passaram na cabeça dela, ao longo do dia... Entra na rede social favorita e descobre que hoje é o dia do escritor. E tem um lapso de luz de que este seria um bom tema.

Mas qual seria a tônica da coluna de hoje? Pensa que poderia focar na História e dizer foi por causa do dia 25 de julho de 1960, após o primeiro Festival do Escritor Brasileiro, promovido pela União Brasileira dos Escritores, foi instaurado o Dia do Escritor. Poderia navegar no utópico mundo dos escritores romancistas ou poetas ou na imaginação de quem se propõe a transpassar a realidade dos seus pensamentos num veículo que chega aos olhos dos seus interlocutores. Poderia enaltecer aqueles que tiveram a inteligência e paciência para organizar em livros as gramáticas e fórmulas matemáticas que tivera que ler na época de escola, para auxiliar no aprendizado. Ou poderia discursar sobre os escritores amadores ou profissionais que alegram ou fazem refletir com seus contos, crônicas, dissertações ou singelas historinhas o seu dia-a-dia.

Seja com fosse o norte, seria nobremente reconhecida a importância da leitura e da troca de conhecimento.

Um escritor quando expõe sua obra deixa nela uma marca. Mas esta marca vai além da digital. Deixa sua alma ali, vulnerável. Para que o leitor a perceba ou a ignore, a entenda ou a deturpe. Mas ele compartilhou aquilo que transbordava nele, independente da sensibilidade de quem vai lê-lo. Escrever é, antes de tudo, um ato de coragem. É dar a cara a tapa, já que não se sabe se seu texto vai agradar, se vai atingir a sua expectativa. No entanto, está aí um ato que todos deveriam exercer: escrever. Nem que seja pra ficar escondido numa gaveta ou numa pasta oculta do “Meus Documentos”. Muitas vezes aconselhado como terapia, escrever é botar para fora em letras aquilo que sua alma absorveu e seu corpo não detém espaço suficiente para suportar. E você precisa deixar fluir.

Seja livre de vergonha. Seja livre de preconceitos. Tente. Pegue papel e caneta ou abra o editor de texto, o que preferir. Não sabe como escreve uma palavra? Google e Aurélio resolvem. O que vale é a vontade, a intenção de começar.

Seja você, então, o escritor!

Parabéns a todos aqueles que se permitiram e deixaram a alma transbordar!

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