Aumenta pressão para que Obama se posicione sobre casamento gay


A pressão sobre o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para que esclareça se apoia ou não o casamento gay está aumentando depois que seu vice-presidente, Joe Biden, disse que se sente "cômodo" com o fato de casais do mesmo sexo se casarem e do apoio de seu secretário de Educação, Arne Duncan.
As dúvidas sobre a postura de Obama voltaram a surgir nesta segunda, faltando seis meses para as eleições americanas, e com elas as especulações sobre se o presidente, caso seja reeleito em novembro, dará seu apoio ao casamento homossexual durante seu segundo mandato.

Como candidato presidencial democrata em 2008, Obama deu seu apoio às uniões civis entre pessoas do mesmo sexo, mas expressou sua oposição ao casamento. Dois anos depois, no entanto, Obama comentou que sua postura sobre o tema "estava evoluindo", mas evitou o apoio explícito ao casamento entre homossexuais.

"Estou absolutamente cômodo com o fato de homens se casarem com outros homens, mulheres se casarem com outras mulheres e os heterossexuais terem exatamente os mesmos direitos", declarou neste domingo o vice-presidente Biden em entrevista ao canal NBC.

Biden não foi o único a ir um pouco além do discurso oficial da Casa Branca. Duncan, secretário de Educação e amigo pessoal de Obama, assinalou hoje, também para a NBC, que acredita que os casais do mesmo sexo deveriam poder casar-se legalmente.

Enquanto isso, Caroline Kennedy, filha do ex-presidente John F. Kennedy e dirigente da campanha de Obama, se uniu em comunicado aos esforços de uma plataforma democrata que busca que o direito ao casamento homossexual seja incluído na convenção nacional que o partido realizará em setembro.

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, teve que dedicar boa parte de sua entrevista coletiva desta segunda-feira a esquivar a corrente de perguntas sobre a postura de Obama em relação ao casamento gay.

"Não tenho nenhuma atualização para vocês sobre as opiniões pessoais do presidente", afirmou Carney.

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