Pois bem saímos da Páscoa com toda a sua oferta de chocolate e já está passando comercial na TV nos lembrando que daqui a pouco chega o dia das mães. E depois vem o dia dos namorados, festas juninas, dia dos pais, dia das crianças e natal novamente. Pronto. Acabou o ano.
Acontece que essas datas comemorativas já ultrapassaram o limite das homenagens e hoje em dia são os alicerces do comércio. Nos deparamos com a NECESSIDADE de presentear alguém querido a cada data. Poucas são as pessoas que sabem realmente o significado de cada data.
Por exemplo, poucas sabem o porquê dos símbolos da Páscoa serem o coelho e o ovo. Mas as lojas ficam cheias às vésperas, de consumidores preocupados em seguir a "tradição".
O consumismo já está tão enraizado na nossa sociedade que alguns valores ficaram invertidos.
Nada contra o marketing que circunda as datas festivas, aliás, acho a arte de vender bem interessante, com toda a sua análise de público alvo e estratégias de persuasão. Mas essa euforia que fazem acerca desses dias especiais, acho desnecessária. Ousaria dizer até hipócrita. Pois não é raro um filho negligente presentear sua "querida" mãe com um regalo caro no dia das mães (ao passo que o inverso também é muito verdadeiro), ao invés de valorizá-la e respeitá-la no dia-a-dia.
Ou enaltecer a beleza e a força da mulher no dia das mulheres agraciando-a com um bonito buquê de rosas e proferir conceitos como "tinha que ser mulher no volante" ou "é feio para uma mulher sair com vários caras". Contraditório, não?
Enfim, o que eu estou querendo dizer é que não tem problema em gastar dinheiro com "lembracinhas" para comemorar tais datas, mas o essencial é o que você pensa e faz fora dessas comemorações.
E, ainda mais além: Mais vale um presente simples, escolhido com carinho e que seja "a sua cara", oferecido em um dia de semana qualquer, do que um top de linha comprado às pressas, só pela obrigação de não chegar "com as mãos abanando".
E, à propósito, o coelho na páscoa significa "fertilidade, nascimento, vida nova", já que é um animal de rápida reprodução e o ovo também aparecia com o sentido de nascimento antes mesmo de ser adotado como símbolo cristão, no Egito Antigo e como presente de "boa sorte" entre os chineses, na festa da primavera.
Eu mesma só fui descobri a fundo sobre o significado desse simbolismo escrevendo para esta coluna. ;)
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