[Coluna da Erica Cyriaco] Medo de viver. Será?



E nessa busca incessante de sei lá o que, eis que, em determinado momento da sua vida, aparecem opções, das quais não se tem clara visão de qual é a correta e qual é a ilusória, como nas fábulas infantis. Pronto! Então encontra-se o ser humano preso a um dilema, como infinitas vezes na vida ele há de passar.
Acontece que, em algumas situações, o dilema lhe oferece uma opção que, se fosse lhe apresentada há alguns meses, você não iria, sequer, titubear. Mais que isso: Iria agarrar a oportunidade, antes que o pote de ouro do final do arco-íris sumisse com o vento. Só que as coisas mudam, os pensamentos mudam… As variáveis mudam. E os desejos também.
O fato é que, se antes você tomaria uma decisão para o seu inteiro prazer e conveniência (porque as pessoas envolvidas não tinham rostos, elas habitavam seus sonhos, somente), hoje você repensa. E repensa. Afinal, não é a sua felicidade só que está em jogo. Mas também a felicidade de outra pessoa. E essa pessoa que é importante pra você… E será que essas felicidades dependem uma da outra para existirem? Pois é, essa é dúvida.
Bem, eu sei que não se pode prever o futuro e analisar demais, às vezes, só atrapalha. Mas, da mesma forma que uma criança toma trauma de tomada após levar um choque por botar o dedinho aonde não deveria, eu confesso que tenho medo de botar o dedo em algo que eu não sei se será como uma das várias tomadinhas que me deram choque no passado.
Apenas queria que fosse um pouco diferente. Queria não ter a experiência, queria ter a certeza da esperança, queria estar de peito aberto… Queria acreditar em mim e em você. Será que a gente consegue? Será que isso é cautela necessária ou será medo de viver?

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