Júri inocenta suspeito de matar professor homossexual


O produtor de eventos André da Silva Rodrigues, de 23 anos, foi inocentadopelo Tribunal do Júri da Comarca de Várzea Grande da condição de suspeito do assassinato do professor da rede estadual de ensino, Benedito Juarez Silva, o “Toti”, de 50 anos.
O crime em maio de 2009, quando o professor, que era homossexual, foi morto a tiros e encontrado amarrado na cama.

No julgamento, o produtor de eventos negou ter assassinado o companheiro, com quem viveu durante anos.

Em sua defesa, alegou que não havia provas contra ele. Após o julgamento, André, que estava preso desde o dia 29 de agosto de 2010, foi colocado em liberdade. Ele ficou preso durante 18 meses. O Ministério Público Estadual tem cinco dias pararecorrer da decisão.

Com a absolvição do suspeito, o processo será arquivado e o assassinato do professor entrará para o rol dos crimes insolúveis. “Somente se houver algum indício novo e relevante. Será praticamente impossível”, observou um advogado.

Além de ter sido executado a tirosBenedito teve as mãos amarradas com cordas e foi arrastado de seu quarto, onde ocorreu o crime, até o quintal pelo assassino, com o auxílio de um lençol.

O corpo estava em decomposição quando foi localizado e policiais da DHPPacreditam que ele tenha sido assassinado, possivelmente, quatro dias antes.

Durante as investigações do assassinato, agentes da Delegacia de Homicídios eProteção à Pessoa (DHPP) chegaram ao o produtor de eventos, que morou com a vítima na casa dela.

André disse à delegada que morou com o professor, mas "como amigo". O contraditório é que, mesmo como amigo, chegaram a comprar vários bens juntos, uma situação considerada incomum pelos policiais.

Conforme as investigações chefiadas pela delegada Anaíde Barros, André e Totimantinham um relacionamento homossexual. O produtor seria a última pessoa que teve contato com Toti.

Ele tinha as chaves da casa do professor, que apresentava André a conhecidos como sendo seu "sobrinho". Os dois teriam frequentado vários locais públicos.

Após a morte do companheiro, o jovem se hospedou num hotel em Várzea Grande e pagou a conta com o cartão de crédito da vítima, fato que pesou no indiciamento do rapaz.

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