Esta é a primeira vez que a FA, de fato, toca no assunto e tenta por no papel um plano para banir a homofobia do futebol inglês. No entanto, por mais válida e inovadora que seja, a atual iniciativa foi aplaudida no estádio de Wembley, em Londres, como um amistoso que acabou no zero a zero.
No material divulgado pela FA, há muita intenções, mas nada de medida prática. Tirando um número de telefone de denúncias homofóbicas, tudo ali é só planejamento.
A cartilha anti-homofobia do futebol inglês tem ao todo 20 páginas - muito mais ambiciosa do que panfleto de 10 maus exemplos, distribuído nos estádios, em 2006.
O caso de homossexualidade mais conhecido no futebol inglês teve um trágico final em 1998: o suicídio do jogador Justin Fashanu, o primeiro profissional da série A a admitir em público ser gay. Foram oito anos de uma relação conflituosa com a própria imagem e com a família. Seu irmão, John Fashanu, também era jogador profissional e não aceitava ser ridicularizado pelos colegas.
Pouco antes do suicídio, Justin foi acusado de ter abusado sexualmente de um adolescente, nos Estados Unidos. E se matou deixando uma carta em que dizia que aquilo não era verdade, mas que por ser homossexual, seria tratado injustamente. Por isso, era melhor morrer - uma desgraça que abalou a história do futebol na Inglaterra, e que hoje sobrevive com a The Justin Campaign, uma fundação que luta para combater a homofobia no futebol.
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