A babá, que nasceu homem, mas se identifica com o gênero feminino, suportou uma vida de humilhações e surras por causa da transexualidade. Certa vez, soldados cortaram seus cabelos e apagaram cigarros em suas mãos e braços. Sua história é um retrato do preconceito contra as pessoas transexuais no país que, hoje, possui cerca de 7 milhões de pessoas trans. Ao todo, a população da Indonésia é de 240 milhões.
A decisão de voltar a vestir-se como homem aconteceu após ela encontrar o corpo de uma amiga transexual flutuando em um canal de esgoto. Evie juntou suasroupas de mulher e as guardou em uma caixa, após isso, deu todas as suasmaquiagens.
“Eu sabia que meu coração era de mulher, mas eu não queria morrer por isso”, relatou a transexual.
De acordo com a transexual, quando era criança, apanhou de seu pai várias vezes, porque ele não suportava que seu filho fosse transexual. “Ele queria que eu me comportasse como um menino, apesar de eu não me sentir um”, lembra.
Após tanto sofrimento, Evie abandonou a escola e aprendeu a cozinhar, foi quando, em 1969, conheceu Ann Dunham, a mãe de Barack Obama. Ann adorou o ensopado de carne e arroz frito feitos por ela e a convidou para trabalhar em sua casa. Pouco depois, ela passou a cuidar da criança que viria a ser presidente dos Estados Unidos, e também de sua irmã, Maya. Na época, Obama tinha 8 anos.
Os vizinhos recordam que frequentemente Evie era vista saindo da casa com vestidoe maquiagem. Mas Evie duvida que Barry (como chamava Obama) tenha percebido algo. “Ele era muito jovem”, disse. “E eu nunca permiti que me visse com roupa de mulher. Mas algumas vezes me viu usando o batom de sua mãe. Ele apenas dava risada”, contou.
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