"O corselete foi feito sob medida. Como não tinha muita noção, pedi ao camareiro para apertar bastante. Pouco depois, estava desesperado atrás dele, quase arrancando a roupa, pedindo para alguém tirar o troço de mim. Não estava aguentando, estava difícil de respirar" conta Salém.
O ator ainda pinta as unhas todos os dias, usa cílios postiços, peruca e maquiagem carregada, o que o faz chegar duas horas antes das gravações. E raspa os pelos também, já que não tem coragem de depilar.
"Tiro com a gilete, no banho, os do braço, colo, menos os das pernas, porque não aparecem. Não depilo, não sou mulher o suficiente para isso, ainda não cheguei a esse ponto, estou só interpretando. Como é difícil ser mulher, viu?" brinca Salém.
Brincadeiras à parte, o ator conta que se inspirou numa travesti que conheceu na comunidade Dois Irmãos, em Curicica.
"Conheci uma que é uma mulher mesmo, trabalha, tem a vidinha dela, como acho que é Ana Girafa. Eu não a vejo como travesti, mas como mulher" analisa o ator, que também se baseia em atrizes que admira: "Sou encantado pela Marília Pêra, fico imaginando como ela faria. Penso também na Consuelo Leandro (morta em 1999). Estou tentando fazer algo mais natural, feminina. Já fiz muito gay, é a primeira vez na TV que faço uma mulher".
Apesar do pouco tempo no ar, Salém conta, rindo, o que tem ouvido sobre o tipo: "Meu porteiro disse que sou uma mulher horrorosa, que não dá para pegar".
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