O rapaz acusado de arrancar parte da orelha de um comerciante de São João da Boa Vista, após confundir ele e o filho com um casal gay em uma feira agropecuária, atacou um policial militar com mordidas na noite de segunda-feira (12). Mesmo envolvido em dois casos de violência em dois meses, o agressor continua solto.
A confusão aconteceu durante uma abordagem da PM na Rua Coronel José Procópio no bairro Santo Antônio. Segundo a polícia, os moradores ficaram assustados com dois rapazes que usavam drogas. Os policiais foram chamados e dizem que, quando chegaram, Mateus da Costa, um açougueiro de 25 anos, engoliu uma porção de cocaína e, em seguida, fez ameaças. “Ele passou a ameaçar a equipe de morte. Foi dada voz de prisão e ele partiu para cima da equipe com socos e pontapés”, disse o cabo da PM Paulo Henrique Marcondes.
Para controlar Costa, foi preciso apoio de outros policiais e o uso de uma arma que imobiliza a pessoa com choque. Um policial ficou com marcas na mão causadas, segundo ele, por uma mordida que o rapaz deu quando recebeu voz de prisão.
Os policiais agredidos passaram por exames de corpo de delito. O boletim de ocorrência foi registrado como desobediência, desacato, lesão corporal e ameaça.
Abraço
Essa foi a segunda vez em dois meses que o açougueiro se envolveu em um briga e agrediu as vítimas com mordidas. Em julho, ele arrancou parte da orelha de um comerciante de 42 anos de Vargem Grande do Sul durante uma briga na Exposição Agropecuária Industrial e Comercial (Eapic) em São João. Pai e filho apanharam porque estavam abraçados e foram confundidos com um casal gay.
Os agressores foram identificados pelas câmeras de segurança. Na época, o açougueiro foi levado para a delegacia, mas foi liberado no mesmo dia. O caso foi encaminhado para a Justiça.
Pequeno potencial ofensivo
Neste caso, a história não foi diferente, já que em menos de três horas o agressor foi solto e nem precisou pagar fiança. “O delito que ele se envolveu se enquadra na modalidade de pequeno potencial ofensivo, onde é elaborado um termo circunstanciado de ocorrência e essa pessoa é compromissada a ir ao fórum. Os antecedentes não são suficientes para incriminar o rapaz. Ele vai responder na Justiça depois”, explicou o delegado Marcos Aparecido Ferreira do Carmo.
O comandante da 1ª Companhia da Policia Militar de Sao João, capitão Renato Nery Machado, explica que antes mesmo da briga na Eapic, o rapaz já tinha se envolvido em problemas com policiais. “Ele também tentou reagir contra uma abordagem, não foi tão incisivo quanto essa, mas foi contido e conduzido para delegacia”, disse.
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