
O caso ocorreu na madrugada de quinta-feira, diante de testemunhas. Na sexta, na hora do almoço, a jornalista Ana Rita Gondim, 30 anos, e um amigo, o auxiliar de administração Leonardo Oliveira (foto), 21, deram queixa na delegacia. Eles são frequentadores do estabelecimento, mas não pretendem voltar após o episódio. “O garçom nos atendeu a noite inteira. Foi um atendimento normal. Quando pedimos a conta, ele achou que a última cerveja sairia do bolso dele. Mas estávamos dando dinheiro a mais. Quando nos ofendeu, eu perguntei o nome dele e ele disse que não ia dar. Saiu e voltou a atender outros clientes. Mesmo eu não sendo gay, não quis me omitir”, contou Ana Rita.
Leonardo Oliveira, acompanhado do namorado, disse que, em momento algum, trocou carícias com o parceiro no bar. Ele contou também que, ainda na mesa, quando explicaram para o garçom que estavam pagando além dos 10% para tomar uma última cerveja, no valor de R$ 4,50, o funcionário ficou rondando o grupo enquanto contava o dinheiro, repetindo que a conta do grupo estava errada e que ele teria de tirar do próprio bolso. “Foi por isso que procuramos o dono. A ofensa aconteceu na frente dele e de outros clientes, que também estavam na fila para pagar. Mas ele (o proprietário) não fez nada”, contou o auxiliar de administração.
Proprietário
O dono do Piauí, Francisco Agostinho Fernandes, assumiu que presenciou o ato homofóbico. E contou que mandou o garçom “parar de falar besteira”. “O rapaz foi (indicado) por outros garçons. Ele ficou nervoso e falou besteira. Eu vi quando ele falou e chamei a atenção. Eu tinha uma fila grande de clientes e pedi que eles (as vítimas) viessem no bar no dia seguinte, para pegar os dados do funcionário, mas ele (o garçom) saiu sem falar comigo e não voltou. E não tenho o telefone dele”, justificou. A reportagem não conseguiu contato com o empregado acusado das agressões verbais.
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